Hoje presto minha reverência aos que fizeram o início da história de nossa cidade e muito contribuíram para que Petrópolis crescesse e desenvolvesse.
Na primeira metade dos anos 1800, as conseqüências sociais e econômicas da Revolução Francesa, da Abolição da Escravatura e da Revolução Industrial, resultaram numa difícil condição de vida para os povos de língua alemã. A população estava politicamente desiludida e havia discórdia por toda a parte. Salvo os que viviam da vinicultura, uma parte da população deixou tudo e partiu para as Américas.
Em 1837, aportaram no Rio de Janeiro 238 imigrantes alemães em viagem para a Austrália. Devido aos maus tratos sofridos a bordo, eles resolveram não seguir viagem, permanecendo no Rio de Janeiro. O Mj Köeler soube da ocorrência e se entendeu com a Sociedade Colonizadora do Rio de Janeiro para trazer os imigrantes para trabalhar na abertura da Estrada Normal da Estrela, pagando uma indenização ao capitão do navio. Assim, foi dada permissão aos colonos de desembarcarem no Rio de Janeiro. Estes, sob as ordens de Köeler, estiveram primeiramente trabalhando no Meio da Serra, depois foram para o Itamarati.
A segunda leva de colonos, 600 casais de colonos contratados em 1844, vieram para trabalhar como artífices e artesãos. Muitos colonos não chegaram a Petrópolis em conseqüência de passarem mal a bordo e do surto de febres nos depósitos. Outros, especialmente crianças, não resistiram à penosa subida da serra e foram enterrados pelo caminho.
Foram muitas as dificuldades iniciais. Logo que aqui chegaram foi necessária a compra de 200 cabras para alimentar as crianças, já que suas mães não tinham leite, devido às agruras da viagem. Köeler planejou uma colônia agrícola em Petrópolis sem estudo prévio da geologia do terreno que resultou no fracasso do empreendimento. Os colonos abriram estradas, derrubaram matas para a construção de residências e semearam suas hortas para consumo e foram utilizados nas obras públicas, retificando os rios, drenando os lodaçais e construindo os prédios da povoação.
Para os alemães se sentirem à vontade e se lembrarem de sua terra, Köeler repetiu os nomes das regiões de origem na Alemanha nos quarteirões da cidade como Mosela, Palatinado, Renânia, Nassau, Bingen, Ingelheim, Darmstadt, Siméria, Castelânia e Worms. Além disso, homenageou as diversas nacionalidades de outros colonos, dando-lhes nomes nos quarteirões: Quarteirão Francês, Suíço e Brasileiro.
Hoje, os descendentes dos colonos estão por toda a cidade e seus nomes de família podem ser encontrados no Obelisco do centro da cidade, nos guias telefônicos e dão nomes a ruas e praças. O progresso dos colonos alemães dinamizou Petrópolis, contribuindo para o desenvolvimento da cidade.
terça-feira, 29 de junho de 2010
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Acho correto essa homenagem aos colonos alemães, mas gostaria de ver uma homenagem desse porte ao Italianos, que também em muito contribuiram para o crescimento de nossa cidade, inclusive eu sou bisneta dessa geração que há muitos anos vieram para cá para trabalharem na extinta Cia. Petropolitana, em Cascatinha. Aliais, os descendentes dos Italianos são muitos em nossa cidade. Será que essa possibilidade pode ser veiculada.
ResponderExcluirUm forte abraço, Déia Seixas