O prefeito de Petrópolis, Paulo Mustrangi, decretou ontem “Estado de Intervenção parcial” nas empresas de ônibus Autobus, Esperança e Petrópolis por não estarem prestando serviços com qualidade, freqüência e obediência a diversas cláusulas estabelecidas no contrato de concessão. A intervenção significa que a Prefeitura tem, a partir de agora, o controle da administração das empresas citadas. Cada empresa passou a ter um interventor – Adrian Couto Costa (Viação Petrópolis), Celso Permínio Schmid (Viação Esperança) e Seraphin José Claudino (Empresa Transportadora e Industrial Autobus). Eles irão analisar a situação contábil, financeira e técnico-operacional, gerando relatórios diários ao município, que deverá se posicionar, através da análise deste material, se haverá ou não necessidade de se abrir uma nova licitação para a concessão dos serviços de transporte coletivo no município. A intervenção poderá durar, no máximo, seis meses, mas a intenção do prefeito de Petrópolis é que a situação seja resolvida com muito mais rapidez.
Posicionamento do Setranspetro:
Caso seja comprovado que a intervenção ocorreu de forma legal e regular, operadoras ressaltam que qualquer informação ou relatório, que será realizado durante o período de intervenção, vai comprovar o que as empresas vêm informando a toda população petropolitana nos últimos anos: que não existe equilíbrio econômico e financeiro no sistema de transporte. Que a receita das empresas está menor do as despesas e que por esse motivo não existem recursos para realizar investimentos em renovação da frota. Será observado também, que grande parte dos horários deixam de ser cumpridos por interferências dos congestionamentos e retenções em vários pontos da cidade.
Por fim, o Setranspetro destaca que, durante o período de intervenção, todos os serviços prestados pela Autobus, Viação Esperança e Viação Petrópolis estão sob a responsabilidade do governo municipal.
terça-feira, 20 de abril de 2010
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A intervenção ja começou errada pois uma das empresas citadas no dia de hoje estava pagando horas extras por fora do contra cheque como sempre pagou.
ResponderExcluirSonengando impostos e prejudicando seus funcionarios como sempre fez...........
Se a coisa é seria os interventores tem de corrigir este mal.............
Acredito que va melhorar para todos inclusive para os rodoviarios,isto é se o Sr Pozzato não resolver se vigar deles...........
ResponderExcluirANTES TARDE DO QUE NUNCA!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirAPENAS ACHO DESNECESSÁRIO A PANFLETAGEM.
A HORA PEDE TRABAÇHP, SOLUÇÃO E AINDA É CEDO PARA PROPAGANDA.
Chegou a hora da verdade.
ResponderExcluirEstá na hora de sabermos se as empresas estão falidas ou não.
DIANTE DA DEMORA DA INTERVENÇÃO...QUE VOLTEM AS CHARRETES EM LUGAR DOS ONIBUS.
ResponderExcluirABRAÇOS.
Passados os primeiros 20 dias da intervenção do município nas empresas Autobus, Esperança e Petrópolis, o Procurador Geral do Município, Henry Grazinoli, falou sobre a situação das empresas e anunciou que até o dia 19 de maio o prefeito Paulo Mustrangi estará nomeando uma Comissão Processante para juntar todos os dados fornecidos pelos interventores e peritos, e elaborar o relatório final sobre a intervenção. “Neste período, as empresas sob intervenção terão todo o direito ao contraditório e à ampla defesa”, explicou Grazinoli.
ResponderExcluirSegundo o Procurador do Município, durante os primeiros 20 dias de intervenção foram constatadas situações preocupantes nas três empresas. “ Na Viação Petrópolis, por exemplo, a manutenção preventiva dos ônibus havia sido interrompida há meses. Vários veículos estavam parados na garagem por falta de peças de reposição e não havia sequer pneus para estepe. Ou seja, se um pneu de ônibus furasse no meio de qualquer trajeto, o coletivo tinha que ser retirado de linha”, declarou Grazinoli, completando que na semana da intervenção dois veículos da Viação Petrópolis foram arrestados pela Justiça, por falta de cumprimento do contrato de leasing.
No dia da intervenção, 19 de abril, os interventores Adrian Couto Costa (Viação Petrópolis Ltda), Celso Permínio Schmid (Viação Esperança Ltda) e Seraphin José Claudino (Empresa Transportadora e Industrial Autobus S.A) constataram que nas três empresas não haviam estoques de peças para manutenção, pneus, e óleo díesel. “Além disso, deparamos com um quadro desesperador no setor trabalhista. Os funcionários estavam com salários, horas extras e cestas básicas atrasadas. No dia 19 e 20 de abril seria a data de pagamento dos adiantamentos, os chamados vales dos rodoviários, mas não encontramos dinheiro em nenhuma conta bancárias dessas empresas para a efetuação desses pagamentos”, comentou o Procurador do Município, ressaltando que todos os pagamentos atrasados foram efetivados na primeira semana da intervenção e que na última sexta-feira (7), os salários dos funcionários foram pagos em dia, fato que não acontecia nestas empresas há meses.
Na Viação Autobus foi verificado que dos 77 veículos da empresa, 15 retornavam diariamente à garagem para consertos, sem que houvesse reserva suficiente de carros para reposição das linhas, o que estava causando um verdadeiro caos no trasporte público na área dos distritos. “ A empresa também estava sem crédito na praça para compra de materiais e peças de reposição. Por isso, os carros quebrados iam se acumulando na garagem”, explicou Henry Grazinoli.
Também segundo o Procurador do Município, na Viação Esperança foi constatado que, além do envelhecimento da frota, a empresa não possui carros suficientes para o atendimento integral de todas as linhas existentes. “ Era necessário que a empresa tivesse 69 coletivos para a realização dos serviços, mas esta contava apenas com 61 coletivos. Oito linhas não estavam sendo atendidas, sacrificando ainda mais a população”.
Henry Grazinoli fez questão de frisar que os interventores Adrian Couto Costa, Celso Permínio Schmid e Seraphin José Claudino estão realizando todos os esforços para a manutenção dos serviços das empresas. “ Os interventores estão comprando pneus, adquirindo peças de reposição, cuidando do estoque de óleo díesel e trabalhando para manter os salários e benefícios em dia”, frisou, finalizando: “ Mas é preciso deixar claro para a população que o papel da intervenção não é sanear o finaceiro e operacional das empresas, e sim manter em funcionamento, mesmo com algumas dificuldades e problemas, os serviços de transporte coletivo, até a conclusão do relatório final”.