Prefeitura X empresas de ônibus

Temos cobrado muito das autoridades de nossa cidade um transporte mais digno e até agora não observamos nenhuma medida que beneficie os usuários.
A Prefeitura parece que está tomando as p[rimeiras medidas, vejamos:

O procurador Geral do Município, Henry Grazinolli, entregou ao prefeito Paulo Mustrangi, na tarde da última sexta-feira (16), relatório preliminar contendo o levantamento relativo à Execução dos Contratos de Transporte Rodoviário Coletivo de Petrópolis pelas empresas permissionárias. O relatório tem como objetivo dar ao governo informações precisas sobre a atual situação e atuação das empresas de ônibus-
Em suas mais de 200 páginas, o relatório mostra a atual situação das empresas de transporte coletivo da cidade e os vários problemas nos serviços prestados à população nos últimos anos. Além disso, dá ao governo municipal informações precisas sobre a falta de evidências em itens constantes nas planilhas de cálculo das tarifas, e revela valores repassados às empresas nos últimos anos, colocando abaixo argumentos utilizados desde o início do ano, referentes a prejuízos e falta de capital para investimentos por falta de repasses da PMP.
O relatório da Procuradoria do Município cita o descumprimento por parte das permissionárias de várias obrigações contratuais ao longo dos últimos exercícios e revela desvio ou apropriação de valores com destinação específica colocados na planilha de cálculo da tarifa, tais como: valores destinados à renovação da frota; e valores destinados ao recolhimento de ISS e IPVA.

O relatório da Procuradoria também registra todas as ações e decisões tomadas pela CPTrans desde o início da atual gestão, como aplicação de multas, notificações, realização de reuniões com empresários, entre outras, no sentido de exigir das permissionárias o cumprimento de cláusulas contratuais. Além disso, aponta falhas na prestação de serviços de transporte à população: descumprimento de horários de funcionamento das linhas; desativação não autorizada de linhas; paralisações gerais e pontuais da prestação de serviço; excesso de panes e de desconforto nos carros, decorrentes da falta de manutenção e do envelhecimento da frota; problemas na operação e validação dos cartões eletrônicos; atrasos no repasse da taxa de administração da CPtrans; falta de recolhimento de tributos, entre outros.
De posse deste relatório, o prefeito Paulo Mustrangi vai se reunir com o presidente da CPTrans, Orlindo Pozzato, e com os integrantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Petrópolis (Setranspetro), para discutir os dados apresentados pela Procuradoria Geral do Município e buscar soluções para a efetiva execução das cláusulas dos contratos de transporte rodoviário coletivo de Petrópolis.